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Entrevista com Gatek/ Anomatek/ CosmoGlider falando um pouco sobre sua carreira e os novos projetos.

Atualizado: 11 de abr. de 2019

Salve galera, fiz uma entrevista como nosso amigo e instrutor da Enxame Records, o Franco Auriemma, produtor dos projetos de Full-On Psy que se chama Gatek, de Forest/ Night Psy que se chama Anomatek e do projeto de downtempo que se chama CosmoGlider.


Bom, vamos em frente...


Junior Caus - Quando e onde foi a sua primeira festa de música eletrônica?


Franco Auriemma - Minha primeira festa foi em 2003, na Nova Zelândia, no meio rural do Distrito de Canterbury. Lá foi a minha primeira festa e tive a oportunidade de entrar em contato com a real essência do psytrance. Era festa pequena, não vendia nem álcool, os nomes eram dados em uma headshop na cidade. A festa devia ter umas 80 pessoas no máximo. Foi a primeira vez que tive contato com o psytrance, a música não parou nenhum segundo, os DJs emendavam um no outro, o trance era uma música constante. Sem dúvida que foi uma experiência determinante.



Junior Caus - Quando foi o início da sua carreira e como você criou os seus projetos? Pode nos falar um pouco sobre o Gatek, Anomatek e o Cosmo Glider?


Franco Auriemma - Hoje fazem mais de 10 anos que iniciei a produção, foi um longo processo de amadurecimento e busca do conhecimento, quando comecei o acesso a material de estudo em relação ao assunto não existia como hoje. Sempre curti muito som, tinha uma influencia musical intensa em casa, tocava bateria na adolescência, tinha banda na escola e sempre era mandado para fora de sala por estar fazendo sons com a boca, isso tinha que dar em algo. Lembro-me de uma festa que rolou Sesto Sento e Infected Mushroom, de olhar tudo aquilo acontecendo, um PA gigante, e eu falei para mim mesmo, eu também quero fazer esse som. A partir dai comecei a correr atrás, procurando softwares e cursos. Durante o período de faculdade após duas tentativas cursos sem sucesso decidir fazer o que gostava e fui estudar produção fonográfica em São Paulo, a principio com intuito de trabalhar como técnico de som e produtor de som para o audiovisual, mas no fundo o que eu queria também e adquirir conhecimento para aplicar nas produções de psy. Do início as minhas ideias e criações principais sempre foram voltadas ao psytrance e ao downtempo. Muitas vezes o produtor nunca acha que o trabalho esta bom o suficiente, e demora demais para de fato lançar o seu projeto, e isso estava acontecendo comigo, então estipulei uma meta e um prazo, 3 meses antes do meu prazo surgiu algumas oportunidades que me deram um empurrão. Foi o suficiente para definir o conceito do projeto para poder apresenta-lo oficialmente, assim na verdade foi com 3 projetos. A minha primeira apresentação com o Gatek foi na Nungara no Reveillon de 2016. E apesar de tantos anos de produção e estudos, e só colocando realmente o som para rodar que conseguimos ver o que precisar ser melhorado. Tive a oportunidade então de tocar no Festival da Ecologic em outubro do mesmo ano, considero como meu início de verdade, pois mais uma vez antes de tocar, tive um processo de amadurecimento do som, fiz um trabalho realmente minucioso para dar o meu melhor, e o resultado foi um sucesso, tirando tanto elogios do público e de artistas que dividi o palco, como a DJ Thatha do projeto Altruism, que tocou logo após de mim, e como reconhecimento logo após fui convidado a fazer parte da EcoCrew (Crew da festa Ecologic). Engraçado que muitos amigos nem lembravam mais que eu produzia, eu nem informei muito ninguém que iria tocar também, até para ver mesmo o resultado sem influências pessoais, e logo depois de tocar, a galera ficou chocada e curtiram muito de verdade. Os projetos estão em constante evolução, experimentações continuam sendo feitas no meio do caminho, algumas dão certo outras nem tanto. Mas a soma no final e de constante evolução.


Junior Caus - O que você costuma ouvir fora do estúdio e quais são as suas influências musicais?


Franco Auriemma - Fora do estúdio atualmente prefiro dizer que já escutei mais. Hoje o meu tempo para curtir um som e reduzido, mas eu venho do Rock e Metal, mas tive minha fase de muito Dub, Reggae e o Jazz sempre permeando todas as fazes. Por ter trabalhando muitos anos dentro de uma firma de Jukeboxes (Jukebox é um aparelho eletrônico geralmente acionado por moedas, que tem por função tocar músicas escolhidas pelo cliente encontradas principalmente em bares), eu sempre tive em contato com um repertório bem variado e sempre gostei de pesquisar os géneros ao longo do tempo. A estética sonora e os sucessos dos anos 80 me trouxeram grandes influências. O universo da música é praticamente infinito, e eu como produtor e técnico de som de bandas, sempre busquei conhecer entender o máximo de sons e géneros possíveis. Se for para citar nomes, segue uma breve lista de influências marcantes: Metal & Grunge (Black Sabbath, Iron Maiden, Motörhead, Slayer, Alice in Chains), dentro do Rock Progressivo (Eloy, Camel, Emerson Lake and Palmer, Jethro Tull, Focus, Yes), do Reggae (Bob Marley, Steel Pulse, Peter Tosh, Israel Vibration).

Hoje o que tenho escutado fora do estúdio é quando estou pedalando, e principalmente psytrance mesmo.


Junior Caus - O que você acha da cena eletrônica brasileira? Se você pudesse, o que mudaria nela?


Franco Auriemma - Eu vejo a cena eletrônica brasileira como um grande potencial, tem muita coisa legal acontecendo, mas seria mais interessante se houvesse mais educação, educação cultural falando do se da cena psytrance, educação musical em todas as cenas. Para que a cena amadureça e o publico saiba dar valor ao que merece valor, mas isso e um problema em a maioria dos setores do Brasil, educação e cultura.



Junior Caus - De onde você tira inspiração para criar novas músicas?


Franco Auriemma - De todas as experiências que passei, de tudo que já escutei e escuto, do áudio como temática, mas principalmente do universo sci-fi e fantasia, do futuro distópico cyberpunk, das imagens de artistas gráficos que sou få e de outros que encontro na infinita base de dados da internet. E claro da cultura psytrance.



Junior Caus - Você pode deixar uma mensagem para os seus fãs?


Franco Auriemma - Gostaria de agradecer há aqueles que apoiam o projeto seja seguindo nas redes, indo as apresentações, espalhando para os amigos ou simplesmente curtindo o som de qualquer maneira. E se vocês ainda não me seguem no SoundCloud ou Facebook, conecte-se e mantenha-se atualizado pois os projetos estão em evolução constante e sempre haverá novidades, lembrando, mais uma vez que é um canal de duas vias e estou aberto a sugestões e ideias, pedidos ou qualquer forma de interação. No mais, Keep Psychedelic!


Para fechar nossa entrevista, deixo o vídeo do Anomalia tocando na Ecologic 13 Anos!


Gatek | Anomatek | CosmoGlider (@francoaudio)

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